Desde o ano de 2013 o sentimento
por mudanças profundas na política nacional tem crescido dentro dos brasileiros.
Os resultados das eleições de 2014 trouxeram um pouco mais do mesmo, com poucas
ou quase nenhuma pessoa que de fato representasse uma mudança de postura
política sendo eleitas. As eleições de 2016 também não trouxeram grandes
novidades. Mas e agora em 2018, o que podemos prever?
A
política brasileira sempre foi para quem tem pedigree, na política o espaço
para o plebeu é raro, normalmente vemos os mesmos sobrenomes e os mesmos grupos
financeiros se mantendo ano após ano. Neste momento, o leitor deve estar
pensando, “mas as operações recentes mudaram o jogo”, será?
As
operações como a Lava Jato tiraram a tampa da política nacional e mostraram um
verdadeiro esgoto que circulava pelas mais altas classes política e empresarial
brasileira. Mas como diz o personagem Capitão Nascimento no filme Tropa de Elite,
“o sistema se reinventa”. Se as operações de combate a corrupção trouxeram
muita coisa a conhecimento público, os tamanhos dos escândalos ganharam outras
dimensões e a elite política viu dentro da boa e velha máquina partidária a
forma de garantir os recursos para campanha. A aprovação do fundo de
financiamento público de campanha substituiu as volumosas doações dos honestos
empresários brasileiros que antes financiavam as campanhas de alguns nobres
políticos.
Muitos
dos políticos envolvidos em esquemas de corrupção no Brasil também são altas
lideranças partidárias, seja no cenário nacional ou local, os mesmos políticos
que antes recebiam dinheiro das empresas envolvidas em corrupção, provavelmente
agora irão realizar a distribuição do fundo de campanha. Será que vai dar certo
isso?
Os
partidos em geral são instituições pouco democráticas, e a forma como são
distribuídos recursos de campanha e tempo de televisão depende normalmente do
pedigree ou do bolso do candidato. Provavelmente nestas eleições veremos alguns
nomes muito presentes nas páginas policiais, agora aparecendo com destaque
durante os programas eleitorais. Os nomes novos continuarão com pouco ou quase
nenhum apoio partidário e a renovação política talvez não ocorra mais uma vez.
O grande motivo para isso é que ainda temos muitos cidadãos que votam nos
políticos condenados em escândalos e com isso, essas figuras carimbadas
conseguem ficar entre os mais votados, sendo novamente eleitos por mais 4 anos.
Será que esse ano veremos mudanças na política?
Nenhum comentário:
Postar um comentário