terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Governo sem ciência! Esse é o problema de se desenvolver pesquisa em Mato Grosso

No último dia 15 de Setembro de 2013, saiu em uma reportagem do Diário de Cuiabá com o titulo “UFMT: inovação zero”. A reportagem foi feita com base no estudo apresentado pelo Datafolha no qual foi constatado que a que universidade não registrou nenhuma patente em 10 anos.


As instituições de ensino são avaliadas por critérios com o desenvolvimento científico a quantidade de artigos produzidos, patentes e o alcance da pesquisa produzida dentro das escalas regionais, nacional e mundial.
Podemos afirmar que só produz quem tem recursos para desenvolver a pesquisa. Neste texto pontuarei um pouco sobre a situação do pesquisador no estado de Mato Grosso.
A pesquisa de nosso estado é desenvolvida por algumas instituições educacionais destacando-se UFMT, UNEMAT, IFMT, UNIC e UNIVAG e por alguns institutos de pesquisa como a IMBRAPA. Nas instituições de ensino as pesquisas estão diretamente ligadas aos programas de pós-graduação e aos bolsistas dos projetos de pesquisa como as bolsas PIBIC – Júnior no ensino médio, PIBIC, IC e PET na graduação e CAPES e CNPQ na pós-graduação. Em geral todos os bolsistas estão ligados sempre a algum projeto de pesquisa que está sendo financiado por uma agência de fomento.
Os programas de mestrados e doutorados são o grande polo de produção cientifica, e para se criar um mestrado é necessário que se tenha um número de doutores na Universidade em uma determinada área. A partir disto se encaminha uma proposta a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) após autorizado o mestrado se inicia com nota 3 em uma escala de 1 a 7, sendo 3 a nota mínima para que o programa continue a funcionar. Quando o programa atinge nota 4 passa a se ter a possibilidade de abrir um doutorado naquela área. Os programas de mestrados e doutorados são ligados diretamente a CAPES e são mantidos com uma pequena quantidade de recursos chamada do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP), esse recurso serve para pagar alguns dos gastos que dos discentes e docentes. Ou seja, com esse recurso não é possível comprar equipamentos e nem mesmo pagar os gastos do desenvolvimento da pesquisa.
Mas da onde vêm os recursos para se financiar a pesquisa nas universidades?
Os recursos que financiam as pesquisas vêm principalmente através da aprovação de projetos de pesquisa nos editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e nas Fundações de Amparo a Pesquisa (FAPs), no caso do estado de Mato Grosso a Fundação de Amparo a Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT).
E deste ponto em diante daremos enfoque a trágica situação da FAPEMAT e explicaremos melhor o seu papel. A FAPEMAT foi criada e de acordo com o projeto inicial para aplicar 2% do valor total do orçamento do estado em fomento a ciência, mais tarde este montante foi alterado para o mínimo de 0,5 e máximo de 1% do orçamento. Durante alguns anos a constituição do estado foi cumprida e tivemos uma época de ouro para desenvolvimento cientifico. Toda via desde 2009/2010 a fundação vem sofrendo cortes atrás de cortes e alguns projetos aprovados a quase 4 anos até hoje não foram pagos.
No último ano (2013) o orçamento do estado estava previsto em 12,8 Bilhões, deste total a FAPEMAT ficou com quantia de R$ 9 milhões, muito a baixo dos 64 milhões que representariam os 0,5% constitucionais. Pior que além dos recursos serem muito pouco o governo contingência o orçamento da fundação e no final do ano ainda zera o caixa. Ou seja, o projeto desde ano que foi aprovado e que tem duração de 2 anos terá por muitas vezes dificuldades de ser pago.
A FAPEMAT tem a função também de disponibilizar bolsas PIBIC-Junior, PIBIC e de Mestrados e Doutorados. Mas isso também vem sendo feito de forma muito tímida já que a fundação não tem recursos para financia-las e nem mesmo para pagar a contrapartida exigida por outros órgãos para que seja disponibilizadas bolsas em parceria.
Hoje o governo do estado não cumpri a constituição, e não destinar os 0,5% do orçamento a FAPEMAT, com isso todas as instituições de pesquisa, os estudantes, os professores e demais pesquisadores estão sendo prejudicados pela irresponsabilidade do Governo Silval. Os resultados disso vão muito mais além do que dificuldades de produzir patentes, essa atitude irresponsável do governo impede o desenvolvimento do estado. Além disso o estado perde dinheiro dos órgãos de fomento nacional e se isso não mudar podemos ter resultados mais drásticos como o fechamento de programas de pós graduação e uma queda radical da produtividade cientifica dos discentes e docentes do estado. Ou até mesmo a migração dos nossos doutores para outros locais onde se tenha condições de desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Governador Silvar, vê se cumpre a constituição! Tirá o pé do desenvolvimento cientifico do estado!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

UFMT, uma matemática quase exata!

            O ano de 2013 está sendo marcados por inúmeras manifestações movimentações estudantis na UFMT. Em Março deste a comunidade acadêmica vivenciou um intenso debate sobre as políticas de assistência estudantil da universidade devido a reitoria anunciar o fechamento de 5 casas de estudantes. Após varias tentativas de dialogo os estudantes foram às ruas no dia 6 de Março em uma manifestação pacifica que acabou de forma trágica com diversos estudantes saindo feridos após ação truculenta da polícia.
                A luta por assistência estudantil prosseguiu com uma ocupação da reitoria que durou mais de duas semanas. Um dos pontos questionados pelos estudantes eram os dados apresentados pela administração superior referente a quantidade de estudantes assistidos pelas politicas da UFMT. Na época em nota a universidade informou que: “O número de estudantes assistidos na UFMT, nos últimos quatro anos, saltou de menos de 7% para 50% em todos os seus programas”.  Os moradores então questionam a veracidade dos dados e inclusive convidaram a reitoria a debater o assunto em uma audiência publica convocada pelo movimento de ocupação da reitoria, contudo ninguém da universidade compareceu. Após muito debate a universidade e os estudantes chegaram a um acordo. Mas acredito que ficou a duvida para muitos mato-grossenses: Quais dados estavam certos? Os apresentados pelos estudantes ou pela reitoria?
                De Março a Novembro muitos outros debates envolvendo a UFMT surgiram na mídia, tendo destaque para as denuncias de perseguição política apresentadas por integrantes do Diretório Central dos Estudantes. A última polêmica envolvendo a universidade se refere à discussão sobre o modelo de gestão do Restaurante Universitário (RU). Em virtude de alguns destes debates recentemente a UFMT divulgou uma CARTA ABERTA À COMUNIDADE, onde consta que: “Quando assumimos a reitoria, em 2008, apenas 7% dos estudantes recebiam algum tipo de auxílio ou bolsa. Em 2013, 35% dos nossos estudantes têm acesso a algum tipo de benefício”.
                Alguém mais notou uma divergência significativa entre os dados?  Na época da dos manifestos protagonizados pelos moradores das casas de estudantes, muitos dos dados da UFMT foram questionados e agora fica claro para a sociedade que as informações divulgadas pelas UFMT estavam equivocadas. Outra alternativa é que de Março deste ano a Novembro ouve uma redução de 15% dos estudantes que têm acesso a algum tipo de benefício na UFMT.
                Deixo a cada um dos leitos para que tirem as conclusões sobre este assunto, mas é importante refletir que muitas vezes as informações passadas a população em muitos órgãos públicos não são a realidade. E muitas vezes um estudante, um cidadão ou se não a sociedade sai prejudicada por não ter clareza sobre as políticas desenvolvidas com o dinheiro público. Precisamos de transparência e de dados coesos, isso pode evitar muitas vezes evitar transtornos ou até mesmo tragédias.

Veja as notas da UFMT: 
http://www.ufmt.br/ufmt/site/noticia/visualizar/10031/Cuiaba


http://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/editais/2ef4a896d90d3860c023a725998b5b4d.pdf






Geração coca-cola, a primeira geração da democracia Brasileira!

                Ao longo dos últimos meses tenho visto na internet vários movimentos exaltando a ditadura militar no Brasil e alguns mais radicais pedindo a volta dos militares. Vamos refletir um pouco sobre os nossos últimos 80 anos de Brasil e relacionando com a conjuntura econômica e social nos demais países do mundo.
                Antes de qualquer coisa é necessário ressaltar que o Brasil teve poucos períodos de democracia plena e hoje estamos no maior período democrático da história. Em 1985 a democracia começa a ser reestabelecida e em 1988 se firma através da constituição de nosso país. É preciso dizer que até hoje estamos implementando mecanismos para fazer a constituição funcionar de forma plena e isso precisa ser compreendido como um processo de construção continua.
                O Brasil sempre foi um país com pouca tradição democrática, desde o Brasil imperial onde foi implementada uma constituição com 4 poderes sendo o legislativo, executivo, judiciário e o poder moderador. Mais tarde em 1889 passamos a ser uma república, a chamada república do café com leite (Minas Gerais e São Paulo) nesta época o poder estava na mão das oligarquias regionais, em resumo os coronéis decidiam quem era eleito ou não, mandava o famoso voto de cabresto.
                A revolução de 1930 comanda por Getúlio Vargas, impediu a posse de Júlio Prestes e deu inicio ao chamado estado novo. O governo de Getúlio teve três fases: Governo provisório (30 a 34), Governo Constituinte (34 a 37) e uma ultima fase regime totalitário (37 a 45). E em 1945 se estabeleceu o primeiro regime democrático de fato no Brasil que durará até 1964. Nesta época para se votar era necessário 21 anos, quanto hoje com 16 já se tem o direito a voto, por isso digo que minha geração (nasci em 1990) é a primeira geração da democracia, ou seja, que nasceu em um democracia cresceu nela, e que agora tem direito a decidir quem será eleito e quais serão as políticas implementadas no nosso país.
                De 1930 para frente o país passa a ter três tendências politicas principais: liberal, trabalhista e comunista. E passamos a ter uma polarização mais forte, representada de um lado pelo trabalhismo do PTB de Getúlio Vargas com suas reformas trabalhista e de outro pelos partidos de direita. Este cenário tem também uma forte influência da politica externa, marcada pela polarização no pós-segunda guerra entre a URSS e os EUA. Esta polarização teve uma forte influência no Brasil refletindo no golpe de 64. Contudo esta não foi a primeira tentativa protagonizada pelo eixo liberal no Brasil de implementar uma ditadura militar, em 61 com a renuncia do Jânio Quadros ocorreu um movimento para impedir a posse de João Goulart, esse movimento foi Liderado na época pelo então Governador Leonel Brizola e garantiu a posse do presidente João Goulart que presidiu o Brasil até o Golpe de 64.
                Importante dizer que nesta época se votava em presidente e vice separadamente, ou seja, não era a mesma concepção de governo de aliança existente hoje. João Goulart representava uma mudança na política Brasileira e no eixo de aliança de nosso país. Com políticas que se aproximavam mais da proposta ideológica dos URSS do que com o pregado pelos EUA. O Golpe de 64 veio na tentativa de evitar as reformas sociais defendidas pelo presidente.
                O regime militar veio, e durou mais de 20 anos, até ser restabelecida a democracia. Na época do regime não se podia discutir políticas e não se tinha liberdade. Talvez se a tivéssemos, poderíamos ter evitado o sucateamento das ferrovias Brasileiras, ter criado politicas melhores para educação, saúde, saneamento básico entre muitas outras áreas. E teríamos uma democracia de 68 anos com mecanismos de funcionamento bem desenvolvidos.
                O regime militar não foi bom para o país, pelo contrario, impediu mudanças sociais de acontecer, tirou o direito de decidir do povo, e ao final largou o país em um caos econômico que teve seu ápice durante a presidência de Sarney. Durante a ditadura a corrupção existia no Brasil e as diferenças sociais também estavam presentes, o acesso à educação era precário, com poucas pessoas conseguindo ter acesso à formação. E pior não se tinha direito a questionar as politicas implementadas e a forma de governo. A ditadura não salvou e nunca vai salvar país nenhum.
                Durante este ano de 2013 a população esteve nas ruas cobrando uma serie de mudanças no Brasil, para garantir nossos direitos básicos e melhorar nosso sistema político. Este foi uma das movimentações sociais que mostrou e se organizou para garantir algumas mudanças necessárias para diminuir a corrupção, gerando penas mais severas, cobrando mais transparência entre outras coisas.
                Nossa democracia saiu dos anos de adolescência e agora está em sua juventude e em mais alguns anos alcançara a maturidade, cabe a nós fazermos nosso papel no dia a dia em nossa cidade, estado e país. Mudando desde pequenas coisas ao nosso redor como também grandes coisas de nossa nação. Discutir política tem que ser cotidiano da mesma forma como se fala de futebol e novela. Não se deve simplesmente se discutir os rumos de nossa cidade de 4 em 4 anos.
                Para finalizar digo que não acredito em salvador da pátria, ou seja, não adianta esperar um herói para salvar o Brasil. A única forma de termos um país descente e termos uma população consciente e participativa que acompanhe as decisões tomadas pelos governantes da mesmo forma que acompanha o campeonato Brasileiro e a Novela ou o BBB. Temos que saber em quem votar, mas não só isso não resolve, temos que acompanhar as posições de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e da presidência da república independente de você ter votado ou não na pessoa, pois todos são nossos representantes e estão lá para construir políticas para nós.

                Vamos todos construir a política que queremos para nossa nação e fazer com que nossa democracia se amadureça a cada dia! 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Direito de ir e vir não é garantido apenas com uma rua aberta e sim com acesso ao um transporte público de qualidade e a baixo custo.

                Há um mês resido no velho continente, em Portugal. Farei agora uma análise de alguns pontos comparativos entra o Portugal em crise e o Brasil em Desenvolvimento. Durante este ano o povo brasileiro foi às ruas para cobrar uma série de mudanças, destacavam-se entre elas a luta contra a corrupção, por melhorias na educação e outras áreas básicas como o transporte público. Darei destaque neste primeiro texto a este ultimo tópico.
Foto: Mapa da rede de transportes públicos que recebi na universidade logo quando fiz a minha matricula.

           Conheço boa parte das principais cidades do Brasil, e as que possuem o transporte mais avançado e estruturado dentro da minha visão são: Brasília com seu sistema de metro (2 linhas) e ônibus,  São Paulo com seus sistema integrado de Metro, Trem e Ônibus, Porto Alegre e a região metropolitana possuem um sistema de trem bom, outras cidades como o Rio de Janeiro possuem vários modais de transporte mas as duas linhas de metro que crescem a ritmo da economia do Iraque em guerra. Cuiabá, capital de Mato Grosso aguarda com muita apreensão o conclusão do Veiculo leve sobre Trilhos o famigerado VLT.  
           Os ônibus na maioria das cidades Brasileiras são velhos e oferecem condições muito ruins para os passageiros enquanto o preço das tarifas variam entre 2,00 e 3,00 reais  por passagem, no metro o custo é em geral 3 reais. Isso significa que o cidadão que utiliza o transporte de segunda a sábado gasta em um mês entre R$ 100,00 à R$ 120,00 ao menos. Isso apenas para ir trabalhar e neste caso não está nem mesmo sendo contabilizando os gastos de transporte com lazer.
                Se o cidadão for utilizar outros meios de transporte ele opta por ser mais um carro engarrafado, um motoqueiro com grande risco de morte ou então um ciclista muito corajoso, pois devido à ausência de ciclovias tu corres risco de vida ao andar por cada avenida.
                Pois então, tive a oportunidade aqui em Portugal de conhecer as cidades de Porto e Lisboa e ambas possuem um amplo e complexo sistema de transporte. Darei destaque a cidade de Lisboa a qual resido.
                Lisboa possui um modal formado por VLT, trem, bonde e ônibus e acreditem mesmo a cidade tendo uma média de temperatura entorno de 20° C, todos os ônibus que vi me tem ar-condicionado. Esse é apenas um detalhe, a cidade possui algumas ciclovias e tanto o cliclista como o pedestre são respeitados, é pisar em uma faixa e o carro para.
Os modais de transporte são todos integrados e o cidadão opta por comprar passagens individuais, passagens diárias, ou então pagar mensalmente 35 euros e ter acesso a qualquer tipo de transporte público a qualquer horário em qualquer dia quantas vezes quiser. Ou seja, se locomover para a balada, lazer, estudo ou trabalho durante todo o mês por 105,00 reais aproximadamente.
É notável que em Portugal os congestionamentos sejam bem menores que nas cidades brasileiras. Acredito que isto seja por obter tantas alternativas de transporte e a um custo muito menor, possibilitando a população seja ela rica ou pobre o direito de ir e vir.

Já pensou você ai utilizando VLT, trem, bonde e ônibus na hora que quiser por 105 reais? E ainda por cima ter os horários rigorosamente agendados (e sendo cumpridos), chegando ao ponto e tendo uma plaquinha indicando quanto tempo demorará o próximo Ônibus e pegando um transporte onde na grande maioria das vezes tu consegues um lugar para sentar. Não sei você mais acho que temos muito a melhorar no transporte do Brasil. Não se trata de 20 centavos e sim de garantir o direito de ir e vir, e também garantir melhores condições de vida a todo população de nosso país.            

terça-feira, 13 de agosto de 2013

As melhorias no transporte foram vetadas

Ao longo do ultimo mês acompanhei através mídia a repercussão dos 5 projetos relacionados a transporte coletivo aprovados na câmara dos vereadores. Neste tempo escutei a prefeitura e os empresários do transporte falando sobre o preço da passagem e o quanto estes projetos afetariam os cofres públicos e o bolso da população. 
O prefeito Mauro Mendes vetou 4 dos 5 projetos, aprovando apenas a ampliação do horário de integração. A aprovação deste projeto foi uma vitória que possibilitará o tempo necessário aos trabalhadores da periferia de Cuiabá chegar ao trabalho, a escola ou a atividade de lazer.
Outros 4 projeto foram vetados e agora falarei um pouco mais sobre os vetos,  e sobre a postura dos vereadores e do prefeito. Vou começar pela volta dos cobradores! Primeiramente gostaria de lembrar a todo população que quando os cobradores foram retirados a tarifa não diminuiu. Estão por que a tarifa tem que aumentar para R$ 3,41 com a volta dos cobradores? Vamos agora fazer um exercício simples de matemática: 
Antes da retirada dos cobradores o valor da tarifa era R$ 2,75.

Tarifa = Cobradores + custo de manutenção e renovação da frota + motoristas + Impostos + outros 

Com a retirada dos cobradores a tarifa passou para R$ 2,85: 

Tarifa - Cobradores – Impostos (PIS/COFINS) = custo de manutenção e renovação da frota + motoristas + Impostos Outros Quadrinhos

A MTU alegava que com a volta dos cobradores teria que subir a tarifa para R$ 3,41: 

Tarifa – Impostos (PIS/COFINS) = Cobradores + custo de manutenção e renovação da frota + motoristas + Impostos 

Alguém mais notou algo de estranho? 

Sobre o fim da restrição de horário do passe livre: 
A prefeitura para hoje o passe para o estudante ir a escola e voltar, entretanto este horário é restrito. O estudante que frequenta a escola no período matutino deve ir para escola no inicio da manha e retornar até às 14h. Se passar deste horário ele tem pagar o passe. Sabemos hoje que a educação não se faz somente na sala de aula, é fundamental propiciar aos jovens as condições para participar de atividades esportivas, culturais, participar do grêmio estudantil, ficar na biblioteca lendo entre muitas outras coisas que este estudante pode desenvolver no período vespertino e noturno. Mas não hoje a prefeitura e os vereadores quer que ele volte para casa para ver seção da tarde e assistir malhação. A prefeitura paga o passe do estudante para ele voltar às 14h ou para voltar às 22h depois de um dia inteiro de atividade na escola. Vamos fazer agora mais um calculo: 

Valor diário do gasto com esse estudante: 

Passe para ir a escola + passe para voltar da escola as 14h = 2 passes 

Passe para ir a escola + passe para voltar da escola a qualquer hora do dia = 2 passes 

Aumentou alguma coisa? 

Sobre o passe livre para pós-graduação ressalto que a lei diz que o passe livre é para todos os “terceiros graus” e que a pós-graduação se inclui dentro destes. Sendo assim já é um direito nosso o passe livre, contudo este direito não é cumprido. Importante dizer que os pós-graduandos são estudantes que quando bolsistas possuem dedicação exclusiva e em nossa bolsa não é contemplado vale transporte (pois não somos trabalhadores) e hoje também não recebemos o passe. Ou seja, estamos em um vácuo sem ter acesso ao direito de transporte para realizar nossas atividades de pesquisa. 
Para finalizar digo que algo de muito estranho aconteceu neste ultimo um mês. Acredito que os nossos vereadores foram iluminados com informações que fizeram eles mudarem de ideia sobre projetos que os mesmos aprovaram antes por unanimidade. Se era errado antes, por que aprovaram? Ou será que não leram? Digo ainda que assim como eu, muitos outros estudantes estão abertos a dar uma monitoria de matemática básica  ao executivo ou legislativo para explicar às contas apresentadas a cima. E sonho em um dia poder ter em minha cidade um transporte público de qualidade com uma tarifa justa e com contas que façam sentido. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Movimento estudantil na Pós Graduação: Debatendo o futuro do país

        Todo e qualquer país que queira ser considerado desenvolvido, precisa ter um bom sistema educacional e também desenvolver tecnologias e ciência de ponta. Hoje o Brasil vive o desafio erradicar o analfabetismo, e melhorar a sua qualidade de ensino, diminuir a evasão escolar onde somente 40% dos jovens terminam o ensino médio e apenas 13% ingressam em uma universidade.
                Na pós-graduação os desafios também são muitos! O nosso país precisa ampliar a sua produção de patente e a produção cientifica. Em um Brasil de muitos Brasis, onde as diferenças regionais são cavalares é preciso debater a construção de politicas que permitam gerar as devidas condições para o desenvolvimento cientifico tecnológico.
                A Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) e as Associações de Pós Graduandos (APGs) possuem um importante papel para fomentar o debate no país e nas universidades, visando discutir a politica brasileira de pesquisa, o fortalecimento de politicas voltadas aos estudantes de pós-graduação garantindo nossos direitos e realizando novas conquistas a cada dia. Esta construção deve ser feita de forma organizada através da ocupação dos espaços de debate que nós é de direito, tais como conselhos e fóruns deliberativos.
                Outra função desenvolvida pelas APGs que tem uma grande importância para o país é o debate das politicas das fundações de amparo a pesquisa (FAP’s), do CNPQ, CAPES entre outros órgãos. Através deste debate é possível estabelecer caminhos para o desenvolvimento cientifico tecnológico em cada uma das regiões do país. Vamos então fortalecer a nossa luta na pós-graduação para que tenhamos em breve um país forte, desenvolvido socialmente e economicamente.  

Veja nas fotos como fundar uma APG:






Modelo de estatuto:
 DA INSTITUIÇÃO
CAPÍTULO VI - DO CONSELHO DE REPRESENTATES
CAPÍTULO VII – DA DIRETORIA
CAPÍTULO VIII – DOS ASSOCIADOS E DA FILIAÇÃO
CAPÍTULO IX – DAS ELEIÇÕES E MANDATO
CAPÍTULO X – DA ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO XI – DO PATRIMÔNIO
CAPÍTULO XII – DA RECEITA E DA DESPESA
CAPÍTULO XIII – DAS PENALIDADES
CAPÍTULO XIV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

DA INSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO
Art. 1º A Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Mato Grosso,  denominada APG – UFMT, fundada em 12 de janeiro de 2001, é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, apartidária, sem caráter religioso, independente de órgãos públicos e não governamentais,  e de duração por prazo indeterminado.
Art. 2º A Associação de Pós-Graduandos terá sede jurídica em Cuiabá-MT, localizada no Campus Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso situada Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. Cuiabá - MT - 78060-900
Art. 30 A associação de pós-graduandos é a entidade máxima de representação e coordenação dos pós-graduandos matriculados na UFMT
Parágrafo único: Toda ação efetuada é de conformidade com suas cláusulas provendo poder delegado pelos pós graduandos, e em seu nome será exercido.
CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS
Art. 4º A APG-UFMT, terá como princípios na sua organização e no desenvolvimento de suas atividades:
I - Democracia interna;
II - Pluralismo de idéias;
III - Gratuidade da Universidade Pública;
IV - Indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão e a socialização de seus benefícios;
V - Luta pela qualidade acadêmica e científica dos Programas de Pós-Graduação da UFMT.
CAPÍTULO III - DAS FINALIDADES
Art. 5º A APG-UFMT tem por finalidade:
I - ser órgão representativo máximo dos Pós-Graduandos da UFMT;
II - promover a aproximação dos Pós-Graduandos com os demais segmentos da comunidade universitária, preservando sua autonomia;
III - defender os direitos e interesses dos Pós-Graduandos e reivindicar condições de estudo, pesquisa e assistência estudantil;
IV - promover a participação dos Pós-Graduandos nas discussões de caráter político, cultural, científico, tecnológico e social objetivando o aprimoramento de sua formação;
V - promover o intercâmbio científico e cultural entre os Pós-Graduandos, entre estes e as entidades que visem objetivos afins;
VI - promover debates sobre problemas que afetam a realidade local no contexto nacional no sentido de encaminhar propostas de solução dos mesmos.
VII – Pugnar pela democracia e pelo respeito às liberdades fundamentais do homem sem distinção de raça, cor, nacionalidade, sexo, convicção política, social ou religiosa.
VIII – Pugnar pela gratuidade e pela regulamentação da pós-graduação lato sensu em todo país.
CAPÍTULO IV - DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 6º São órgãos da APG-UFMT:
I - Assembléia Geral;
II - Conselho de Representantes;
III - Diretoria
CAPÍTULO V - DA ASSEMBLÉIA GERAL
Art.7º A Assembléia Geral é o órgão soberano da APG-UFMT, dentro da lei e desse estatuto. E este é o órgão superior da entidade, será constituído por todos os pós-graduandos em pleno gozo dos seus direitos estatutários.
Art.8º A Assembléia Geral discute e delibera sobre os assuntos expressos no edital de convocação, sendo que a própria Assembléia Geral pode alterar a pauta na sua ordem e no seu conteúdo. Uma vez definida a pauta, nenhum outro ponto poderá ser inserido até o final da Assembléia.
Parágrafo único: Uma Assembléia Geral só será instalada quando houver a presença de um número de Pós-Graduandos equivalente, no mínimo, a 10% (dez por cento) dos associados da APG-UFMT na primeira chamada. Na mesma instância se estiver presentes no mínimo 50% dos representantes dos programas de pós-graduação da UFMT. Em ultima chamada esta pode ser instalada com qualquer quórum.

Art. 9º A Assembléia Geral se reunirá:
I - Ordinariamente, uma vez ao ano, preferencialmente em Novembro, por convocação do Presidente da APG-UFMT, para:
a) deliberar sobre a aprovação dos relatórios do Conselho de Representantes e da Diretoria;
b) dar posse à nova Diretoria e ao Conselho de Representantes.
II - Extraordinariamente, e sempre que convocada:
a) por maioria simples do Conselho de Representantes;
b) pelo Presidente;
c) pela maioria simples da Diretoria;
d) por, no mínimo, 10% (dez por cento) dos associados, com declaração escrita dos motivos da convocação.
Art. 10 Compete à Assembléia Geral:
a) alterar a data das eleições, assim como o tempo de mandato, para Diretoria e Conselho de Representantes se assim julgar conveniente, sem prejuízo do Artigo29º para os períodos subseqüentes;
b) destituir a Diretoria se for chamada com esse objetivo e contar com, no mínimo, com 2/3 (dois terços) dos associados presentes.
c) aprovar o Regimento Interno “quando houver” e outros atos normativos proposto pela diretoria;
d) sugerir à Diretoria as providencia que julgar necessárias ao interesse da Associação;
e) deliberar sobre a conveniência da aquisição, alienação ou oneração de bens pertencentes á Associação;
f) autorizar a realização de acordos, contratos e convênios que constituem ônus, obrigações e compromissos para a Associação;
g) deliberar sobre proposta de adsorção ou incorporação de outras entidades á Associação;
h) decidir sobre a reforma do presente estatuto;
i) decidir os casos omissos neste estatuto.
Parágrafo único- Excepcionalmente, por motivo de urgência, os casos omissos poderão ser decididos pela Diretoria por ad referendum da Assembléia Geral.
Art.11 A convocação da Assembléia Geral será feita pelo Presidente dentro de dois dias a partir do recebimento da convocação de que trata o Artigo 8º deste Estatuto, por edital a ser fixado em cada Unidade Acadêmica e/ou meio eletrônico.
Parágrafo primeiro. Após o recebimento do requerimento da convocação da Assembléia Geral o Presidente deverá fixar edital de convocação no prazo de 3 (três) dias úteis.
Parágrafo segundo. Nos casos em que a Assembléia Geral for requerida em caráter de urgência por um número não inferior a 1/5 (um quinto) dos associados, ou, pelo menos por 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho de Representantes, a data de sua realização será antecipada para 1 (um) dia útil no mínimo e, de 3 (três) dias úteis no máximo, a partir da data do recebimento, pelo Presidente, do requerimento da convocação, onde constará explicitamente da aplicação deste parágrafo. Neste caso, a divulgação por edital a ser afixado em cada Unidade Acadêmica, deverá ser feita imediatamente após o recebimento, pelo Presidente, do requerimento de convocação.
Art. 12 A Assembléia Geral só poderá deliberar quando estiver instalada, conforme as disposições do Parágrafo Único do Artigo 8º. Enquanto essa exigência não for satisfeita, a Assembléia Geral tem caráter de fórum de debates podendo ser instalada no transcorrer das discussões.
CAPÍTULO VI - DO CONSELHO DE REPRESENTANTES
Art. 13 O Conselho de Representantes, órgão consultivo e fiscal da APG-UFMT, é constituído por dois representantes de cada Unidade Acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso, eleitos com seu suplente, em votação, pelos associados pertencentes à mesma Unidade.
Art. 14 Os titulares só serão substituídos, por ocasião de seus impedimentos, temporários ou permanente.
Art. 15  O Conselho de Representes reunir-se-á ordinariamente ,preferencialmente a cada mês, em sessão conjunta com a Diretoria da APG-UFMT e extraordinariamente, sempre que convocado:
§  por 25% (vinte e cinco por cento) ou mais de seus membros;
§  pelo Presidente da APG-UFMT.
Parágrafo Primeiro. A Diretoria não tem voto no Conselho de Representantes.
Parágrafo Segundo. As reuniões do Conselho de Representantes serão dirigidas e secretariadas por 2 (dois) Conselheiros eleitos a cada reunião por seus pares ficando nesta condição até a instalação da próxima reunião.
Art. 16 Ao Conselho de Representantes compete:
I - Dar parecer sobre contas, orçamentos e relatórios, aprovando ou rejeitando com a respectiva justificativa. Esses pareceres deverão constar de relatório anual a ser submetido à Assembléia Geral Ordinária;
II. Opinar sobre qualquer assunto de interesse dos sócios da APG-UFMT encaminhando suas conclusões à Diretoria e/ou Assembléia Geral;
III - Fiscalizar o cumprimento do programa da Diretoria eleita;
IV - Aprovar o regimento interno elaborado pela Diretoria.
CAPÍTULO VII - DA DIRETORIA
Art. 17 A Diretoria é o órgão executivo da APG-UFMT e compõe-se de:
I - Presidente;
II - Vice-Presidente;
III - Secretário;
IV- Primeiro secretário
V - Tesoureiro;
Art. 18 À Diretoria compete:
I - Cumprir e fazer cumprir esse Estatuto, os regulamentos e as normas administrativas da APG-UFMT, assim como as decisões da Assembléia Geral;
II - Organizar os serviços administrativos da APG-UFMT;
III - Elaborar o projeto de orçamento anual, remetendo-o ao Conselho de Representações, para apreciação;
IV - Elaborar o relatório a ser apresentado ao Conselho de Representações, até 30 dias antes da Assembléia Geral Ordinária, para apreciação;
V - Reunir-se em sessão ordinária preferencialmente uma vez por mês e em sessão extraordinária sempre que for necessário;
VI - Resolver os casos administrativos não previstos nesse Estatuto;
VII – Elaborar e executar o programa anual de atividades.

Art. 19 Ao Presidente compete:
I – Representar a APG-UFMT em juízo ou fora dele;
II - Convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
III – Convocar e presidir a Assembléia Geral;
IV - Convocar as eleições da nova Diretoria;
V - Nomear comissões de caráter transitório;
VI - Abrir, rubricar e encerrar os livros da APG-UFMT;
VII - Assinar a correspondência da APG-UFMT juntamente ao Secretário;
VII - Movimentar, com o Tesoureiro, as contas da APG-UFMT.
IX – Cumprir e fazer cumprir o Estatuto e o Regimento interno
X – Dirigir e supervisionar todas as atividades da APG_UFMT
Art. 20 Ao vice-presidente compete:
I - Substituir o Presidente em suas faltas e impedimentos;
II - Assumir a presidência no caso da vacância do cargo de Presidente.
Art.21.. São atribuições do Secretário e do Primeiro Secretario:
I- substituir o presidente e/ou vice-presidente, e o Secretario em suas faltas ou impedimentos;
II- colaborar com o presidente na direção e execução de todas as atividades da Associação;
III- secretariar as reuniões do Conselho de Representantes e da Diretoria, redigindo as respectivas atas.
Art 22 São atribuições do Tesoureiro:
I- arrecadar e contabilizar as contribuições, rendas, auxílios e donativos destinados à Associação;
II- efetuar os pagamentos de todas as obrigações;
III- apresentar o relatório de receitas e despesas, sempre que forem solicitados;
IV- apresentar o relatório financeiro a ser submetido à Assembléia Geral;
V- apresentar semestralmente o balancete de receitas e despesas ao Conselho de Representantes;
VI- publicar anualmente a demonstração das receitas e despesas realizadas no exercício;
VII- manter todo numerário em estabelecimento de credito, exceto valores suficientes para pequenas despesas.
CAPÍTULO VIII - DOS ASSOCIADOS E DA FILIAÇÃO
Art. 21 É sócio da APG - UFMT todo Pós-Graduando que seja regularmente matriculado em programas de pós-graduação na UFMT.
Parágrafo primeiro. É sócio Aspirante da APG - UFMT todo aluno especial matriculado em algum Programa de Pós-Graduação da UFMT, com direito apenas de voto.
Art. 22 São direitos dos associados:
I - Participar, obedecendo às disposições desse Estatuto, dos órgãos da APG- UFMT;
II - Apresentar ao Conselho e/ou à Diretoria da APG– UFMT propostas concernentes aos Pós-Graduandos em geral;
III – Recorrer ao Conselho de representantes da APG – UFMT, à Assembléia Geral, à Associação Nacional e ao Congresso Nacional de Pós-Graduandos das decisões tomadas pela Diretoria.
Art. 23 É dever dos associados cumprir e fazer cumprir o Estatuto da APG-UFMT.
I- comparecer as Assembléias gerais para as quais forem convocados, discutir e votar os assuntos constantes da ordem do dia.
Parágrafo único: Os sócios somente poderão efetuar negócios de qualquer natureza, direta ou indiretamente, com a Associação, devidamente autorizados pela Diretoria.
CAPÍTULO IX - DAS ELEIÇÕES E MANDATOS
Art. 24 A eleição da Diretoria será realizada preferencialmente no mês de Novembro, e será convocada pelo Conselho de Representantes com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência através de edital enviado às Coordenações de Pós-Graduação desta (Instituição de Ensino Superior – IES).
Parágrafo primeiro - A primeira Diretoria será composta pelos membros fundadores como determinado na ata da assembléia de fundação, onde foram escolhidos por unanimidade dos diversos componentes dessa diretoria e membros do conselho, sendo empossada automaticamente, após assembléia.
Parágrafo segundo - Não sendo convocada a eleição de acordo com ocaput desse Artigo, cabe ao Conselho da APG – UFMT convocá-la com antecedência de 30 dias.
Parágrafo terceiro – Cabe também à Assembléia Geral eleger a nova Diretoria, no instante em que houver qualquer impedimento do processo eleitoral, desde que este apresente quorum de acordo com as disposições do Art. 8 Parágrafo único.
Parágrafo quarto – em caso de eleição da Diretoria em assembléia geral, a mesma será eleita e empossada automaticamente ao final da assembléia.
Art. 25 Qualquer sócio regularmente matriculado à sua unidade terá direito a candidatar-se à Diretoria da APG-UFMT, através de chapas.
Art. 26 As chapas concorrentes à eleição deverão inscrever-se até trinta dias de antecedência das
Eleições.
Art. 27 Será declarada eleita a chapa que obtiver maioria simples dos votos.
Parágrafo único – A Diretoria eleita será empossada quinze dias após a realização da eleição.
Art. 28 Os eleitores da Diretoria da APG-UFMT serão todos os Pós-Graduandos regularmente matriculados nesta instituição.
Parágrafo único. Os alunos especiais da Pós-Graduação pertencentes a essa Instituição têm direito a voto, porém, não podendo candidatar-se.
Art. 29. O mandato da Diretoria terá duração de 1 (um) ano, a contar da data de posse.
Art. 30 Os membros da Diretoria somente poderão ser reconduzidos para os mesmos cargos uma única vez.
Art. 31 Cabe ao Conselho da APG-UFMT, e a pedido dos sócios, em caso de não cumprimento das normas deste estatuto, o impedimento da Diretoria desempenhar suas funções, convocando nova eleição, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 32 A diretoria que não assumir a gestão dos trabalhos da APG-UFMT após 1 (um ) mês de sua eleição, será declarada impedida.

CAPÍTULO X - DO PATRIMÔNIO
Art. 34 O patrimônio da APG-UFMT será constituído por:
I - Bens imóveis que a APG-UFMT possuir;
II - Móveis e utensílios;
III - Doações ou legados recebidos com especificações para o patrimônio;
IV – Os saldos e exercícios financeiros;
V – Seus arquivos e documentos.
Art. 35º A alienação do patrimônio ou de suas partes, só poderá ser feita com aprovação do Conselho que, para esse fim, deverá contar com a maioria simples dos seus membros.
CAPÍTULO XI - DA RECEITA E DA DESPESA
Art. 36 Constituem receitas da APG – UFMT:
I - Contribuições que vierem a ser arrecadadas;
II - Rendimentos provenientes de aplicações bancárias e similares, bem como títulos incorporados ao patrimônio;
III - Renda proveniente de imóveis e propriedades da APG UFMT, quando os possuir;
IV - Doações e subvenções;
V - Rendas provenientes de promoções e eventos.
Art. 37 A receita arrecadada será utilizada para as necessidades internas, bem como em projetos aprovados pela Diretoria.

Art. 38 Os fundos da APG UFMT serão movimentados pela Presidência e Tesouraria, cumprindo as determinações do orçamento anual, aprovado pelo Conselho da APG UFMT
Parágrafo único - As despesas não previstas no orçamento deverão ser aprovadas pelo Conselho da APG-UFMT.
Art. 39 Da receita da APG-UFMT, pelo menos 10% (dez por cento) serão destinados à constituição de um fundo de reserva para atendimento de compromissos patrimoniais e despesas com interesse da categoria, quando houver.
Parágrafo único- A utilização do fundo de reserva dependerá da aprovação do Conselho da APG-UFMT, este por vez devera ser lançado em livros-caixa apropriados, devidamente comprovados por documentos hábeis. Sendo este apreciado no termino de cada gestão em Assembléia Geral convocada para este fim.
Art. 40 É vedada, sob qualquer pretexto, distribuição de bonificações ou lucros a dirigentes ou associados.
CAPÍTULO XII - DAS PENALIDADES
Art. 41 Serão excluídos os associados:
I - que solicitarem por escrito sua exclusão;
II - que forem desligados de seus programas de pós-graduação;
III - da decisão que exclui um sócio cabem recursos ao Conselho da APG-UFMT.
CAPÍTULO XIII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 43 Os membros da Diretoria não são pessoalmente responsáveis pelas obrigações que contraírem em nome da APG- UFMT, em virtude da gestão.

Art. 44 Os sócios não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações que a Diretoria contrair em nome da APG - UFMT.
Art. 46 A reforma do presente estatuto só poderá ser feita em Assembléia Geral com maioria simples dos representantes.
Parágrafo único - A proposta de alteração deverá constar na pauta de convocação do Conselho.
Art. 47 Em caso de vacância de toda Diretoria, o Conselho da APG-UFMT convocará, num prazo de 30 dias a partir da data da vacância, um Congresso Extraordinário e/ou Seminários para eleição de uma nova Diretoria.
Art. 48 Esse estatuto entrará em vigor a partir de sua data de aprovação.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

"A armadura do poeta é a escrita e o coração e seu escudo"

Com as palavras rabiscadas por uma pedaço de lápis qualquer
Vejo escritas surgir, combinações de palavras que tem o toque sonoro da poesia
Que quiçá um dia surgiu por aqui
Em meio a tantos estrondos e tambores
Bandeira de nações
Sentimentos jogados...
As vezes vejo uma mar de dores!
A dor de se perder, não só a referencia do estar, mas sim perder a força de sonhar com dias melhores que quem sabe virão.
Quero substituir o mar, por amar e transformar toda agua do mar e amor! Fazendo sumir do mundo toda magoa e sentimento de dor.
Me deixa ser um guerreiro das palavras, lutar com os torpes e bárbaros que distorcem os sentido de tudo...

Sentido da vida... 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Em Cuiabá 2 mais 2 é igual a 10!


            Na ultima quinta-feira, dia 27, a população de Cuiabá conseguiu importantes vitórias durante a sessão da Câmara dos Vereadores, onde devido à pressão popular uma serie de projetos relacionados ao transporte coletivo foram aprovados. Mas quais mudanças estes projetos geram? E o que a população estava cobrando? Bom, vou explicar um pouco destas mudanças e das reivindicações apresentadas.
            Primeiramente é necessário fazer algumas ponderações relativas ao transporte público municipal e sua manutenção, esclarecendo assim algumas inverdades que estão sendo ditas na mídia ultimamente. O transporte público é hoje realizado através de concessões feitas a empresas privadas. Nessas concessões são estabelecidas uma série de compromissos relativos a condição de funcionamento da frota, qualidade do transporte e demais condições relativas ao assunto. Para aqueles que quiserem se aprofundar mais no assunto sugiro a leitura do DECRETO Nº 4214, DE 20 DE SETEMBRO DE 2004.
            O preço da tarifa é feito através de uma série de cálculos levando em consideração investimentos, custos e é claro, o lucro do empresário. O que é estranho é que se analisarmos o custo da passagem em outras capitais como Belém (R$ 2,20); Belo Horizonte  (De R$ 2 a R$ 2,80); Boa Vista  (R$ 2,25); Brasília (De R$ 1,50 a R$ 3,00, Plano Piloto); Fortaleza (R$ 2,20); São Luís (R$ 2,10); Teresina (R$ 2,10), entre muitas outras. Vemos que em sua maioria as cidades são bem maiores em tamanho e em população e mesmo assim, possuem uma tarifa menor que a de Cuiabá. E agora faço uma pergunta ao leitor: Qual o motivo para isso? Será que nestas cidades os empresários do transporte são filantrópicos e doam seu dinheiro para pagar o transporte do povo? Ou será que temos algum erro de cálculo? Menores distâncias com um custo maior, isso esta correto?
            Nesta segunda, dia 01 de julho, a MTU afirmou que se sancionadas as leis aprovadas pela câmara a tarifa teria que subir para R$ 3,41, pois a volta dos cobradores e a “expansão” do passe livre geraria grandes custos.
            Vamos recapitular agora os últimos acontecimentos do transporte coletivo. No ano passado a MTU retirou mais de 650 cobradores dos ônibus e substituiu por cerca de 250 monitores. Sendo assim, as empresas deixaram de arcar com o salario de cerca de 400 funcionários, ou seja, tendo uma redução dos custos. A agora a pergunta! A tarifa diminui? Não, mesmo tendo redução nos gastos a tarifa sofreu reajuste de 20 centavos. É preciso deixar claro ao leitor que os 10 centavos que foram reduzidos recentemente foi em virtude da redução de impostos realizada pelo governo federal, sendo assim, ainda estamos pagando o reajuste que tivemos no final do ano passado. Quando os cobradores foram retirados dos ônibus a passagem subiu e agora para eles voltarem querem que ela suba mais ainda. Acho que essa matemática não está batendo!
            Mas e as mudanças em relação ao passe livre? Para início de conversa o passe é livre, mas é pago com os nossos impostos pela prefeitura, sendo assim, não mexe no valor da passagem. Basta analisar que em outras cidades existe a meia passagem e que nestas cidades a prefeitura não custeia nada ou quase nada, ou seja, ampliar os horários e garantir o passe a todos os estudantes não gera custos ao usuário.
A ampliação dos horários relativos ao passe livre permite que estes estudantes possam ficar na instituição de ensino praticando esporte, realizando atividades culturais, entre muitas outras que auxiliam na formação complementar. Isso não ampliará os custos para a prefeitura já que o passe era pago do mesmo jeito com restrição de horários. A diferença é que agora estes estudantes vão poder ficar o dia todo na escola e tendo a garantia que terão um passe na hora de ir embora.
            A ampliação do horário de integração também não gera mais gastos, já que esta medida esta sendo feita em virtude da lentidão que ficou o transito de Cuiabá devido às obras da copa. Isso garantirá ao cidadão o tempo necessário para realizar a troca de ônibus.
            E ficam algumas perguntas aos leitores: Por que Cuiabá tem uma das tarifas mais caras do país e possui uma das piores estruturas de transporte? Por que os empresários não reduziram a tarifa quando tiveram seus custos reduzidos? Por que os reajustes em Cuiabá são maiores que nas outras capitais? Para mim a resposta é simples, precisamos de uma CPI urgente para apurar para onde está indo o dinheiro da nossa passagem de ônibus.

Mato Grosso está nas ruas!


            O Brasil está nas ruas! Mas por quê? Essa é uma pergunta que muitas pessoas tem feito. Acredito que a resposta seja tão ampla que seria necessário um livro para contextualizar minimamente todos os motivos e o que levou a este levante popular.
            A principal ferramenta de construção de todas as mobilizações esta sendo a internet. Pesquisas realizadas através do evento do “III Ato Cuiabá contra a Corrupção e Violência” mostraram que a principal indignação da população é em relação à falta de saúde, seguindo pelo alto índice de corrupção, falta de recursos para educação, o alto preço e a má qualidade do transporte público, a falta de segurança e saneamento básico, assim como os questionamentos sobre a copa e sobre a necessidade de uma reforma politica. Estes são alguns dos motivos que estão levando a população às ruas.
            Através das redes sociais se discutiu dar um enfoque maior para o “III Ato Cuiabá contra a Corrupção e Violência”. Na discussão sobre o percurso foi proposto que o ato passe em frente ao Hospital Central do estado de Mato Grosso, obra que está em construção a 28 anos e é símbolo da corrupção, do descaso com o povo e com a saúde.
            Hoje um dos grandes problemas de Cuiabá está na Saúde, ou melhor, na falta dela! O Hospital Central, foi planejado em 1985 para ter 150 leitos. Entretanto projetos posteriores reduziram sua capacidade para 120 leitos, 10 para UTI adulta, 10 para a UTI Pediátrica e 6 salas de cirurgia. Peço para todos os leitores se perguntarem quantas pessoas morreram nestes 28 anos pela falta destes leitos?
            A obra do hospital central é mais velha que nossa constituição, quando começou a sua construção Cuiabá nem se quer sonhava em sediar alguns jogos da copa do mundo. A copa veio, os funcionários das empreiteiras trabalham dia e noite para atender os prazos da FIFA e deixar tudo pronto para o grande Show. Mas durante estes 28 anos nós vimos um show de agonia e terror e descaso nas filas intermináveis da saúde pública mato-grossense. A copa vai chegar, vai passar e a obra do hospital central continuará inacabada, por que ao contrario das obras da copa no hospital central só tem apenas um segurança guardando a ruina da saúde.
A grande maioria dos manifestantes é de jovens tendo como principal faixa etária entre os 15 e 20 anos, o que significa que quando estas pessoas nasceram o hospital já estava em construção. Significa também que muitas das vidas perdidas nestes 28 anos poderiam ter sido salvas se não fosse a corrupção e o descaso com a saúde pública. Este é apenas um exemplo deste descaso, podemos citar ainda os remédios de alto custo que venceram dentro dos estoques enquanto milhares de pessoas sofriam com a falta destes medicamentos. 

Se você precisou de atendimento ao longo destes 28 anos ou teve algum amigo, parente que sofreu ou morreu nas filas dos hospitais venha para as ruas. Não só pela saúde, mas também contra a corrupção, por ampliação dos recursos para educação ou por muitas das outras milhares de causas existentes.