segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A cidade de um ponto, o fim da linha!

       Nos últimos dias tenho visto na imprensa e nas redes sociais a grande obra do prefeito Emanuel Pinheiro, o magnífico ponto de ônibus que promete revolucionar o transporte público de Cuiabá. É muito bacana ver uma obra supermoderna, mas como será que estão os pontos de ônibus na periferia de Cuiabá? Será que existem abrigo coberto em todas as paradas? Faço essa pergunta pois certamente a obra realizada pela prefeitura teve um custo milionário, e com esse recurso com certeza a prefeitura poderia ter melhorado a condição de dezenas ou centenas de outras paradas de ônibus.
        Desde meu tempo de estudante acompanho e debato este tema, acredito que o transporte público deveria ser uma das prioridades de qualquer governo que pense na qualidade vida de seus cidadãos. Um transporte público de qualidade e a baixo custo possibilita que o cidadão chegue ao trabalho rápido, que consiga usar o tempo que ficaria no ônibus com outras atividades, o transporte também é fundamental para que se tenha acesso aos espaços culturais e de lazer.
       No mundo as cidades que priorizaram o transporte público conseguem reduzir o número de carros nas ruas, evitando gastos com obras de expansão de vias urbanas, reduzindo a emissão de gás carbônico e evitando congestionamentos e acidentes.
         Acredito que a prefeitura poderia fazer mudanças significativas no transporte público, como por exemplo, exigir a renovação da frota e que os novos ônibus tenham ar-condicionado. Poderia também copiar o modelo existente em São Paulo, onde o cidadão pode optar por pagar um valor mensal para poder usar o transporte público à-vontade. O modelo do bilhete único mensal funciona em muitas cidades do mundo, por que não implementar aqui também?

        Ao ver a construção do ponto de ônibus em frente a prefeitura fiquei com a impressão que o prefeito só consegue ver o que está embaixo do seu nariz. Mas seria muito importante que a prefeitura enxergasse o cidadão que hoje fica em muitos locais da cidade no sol ou na chuva a espera de um ônibus sem ao menos ter uma cobertura para se abrigar. 

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