terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A luta é uma só...

É com certeza motivo de insatisfação da maioria dos estudantes do Brasil o valor pago pelas bolsas de pesquisa. Os valores não representam nem ao menos 2/3 do salario mínimo na graduação, e com a mudança de perspectiva que ocorre ao entrar em um mestrado ou doutorado o valor também se torna insuficiente.
É importante lembrar que o pós-graduando tem por obrigação publica, logo deve se inscrever nos congressos pagar as anuidades das associações, dos conselhos profissionais entre outros gastos que surgem na vida destes estudantes. As diferenças das politicas entre graduação e pós-graduação são gritantes, um bom exemplo é a falta do beneficio do passe livre em Cuiabá aos pós-graduandos.
Mas por que este título “a luta é uma só”? Bom vamos agora entender um pouco da engrenagem que rege sobre a ampliação do valor das bolsas no Brasil. Em geral as bolsas de pesquisa são ampliadas juntas, ou seja, bolsas de PIBIC-Junior (ensino médio), PIBIC (Ensino Superior), e as bolsas de mestrado e doutorado (Pós-graduação), sendo assim o correto seria a luta pela ampliação ser desenvolvida por Grêmios, CAs, DCEs, APGs, UEEs, UBES, UNE e ANPG, desta forma teríamos de fato um processo de valorização da pesquisa no Brasil.
Os impactos da ampliação das bolsas vão muito mais profundos chegando a gerar resultados diretos também nas bolsas de assistência estudantil. Na Universidade Federal de Mato Grosso a pós uma luta desenvolvida pelo movimento de Casa dos Estudantes acordado junto a reitoria que o valor da bolsa permanência deve acompanhar o valor da bolsa PIBIC, desta forma nos últimos anos sempre que reajustada  uma das bolsas a outra também é ampliada.
A luta pela ampliação das bolsas de pesquisa é uma luta de todos os estudantes do Brasil e devemos juntar forças para que consigamos cada vez mais ter as condições necessárias para o desenvolvimento cientifico de nosso país. 

Pedição pública pela ampliação do valor das bolsas 

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35799

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tuiú que não fala inglês, não tem freguês! A copa do pantanal.


                Analisando os andamentos das obras e demais atitudes tomadas para a copa decidi escrever este texto apontando alguns pontos sobre o assunto. A principio trazer a copa para Mato Grosso trás junto com ela uma revolução para o estado, colocando-o por um tempo sobre o enfoque do mundo e deixando de legado obras que realmente mudarão a vida e cotidiano da cidade de Cuiabá.
                Mas vamos fazer agora uma analise mais critica sobre a construção politica e também social que envolve as obras da copa e seu legado. Primeiramente os projetos foram feitos a toque de caixa, não pensando em possíveis expansões futuras. O ponto crucial para tudo esta sendo o prazo, ou seja, não esta sendo pensada necessariamente qual a melhor forma. Podemos analisar exemplos no mundo inteiro de veículos sobre trilhos que são colocados em superfície, nestas cidades em longo prazo isto provoca gastos muito grandes em obras de mobilidade para possibilitar a expansão do trafego.  Além disso, as dividas deixadas pelas obras da copa deixarão o estado sem possibilidades de grandes investimentos por um bom tempo.
                Mas a pergunta principal é: Falam tanto que as obras são para a copa e para fazer com que os turistas tenham uma boa impressão de Cuiabá! Mas os países de primeiro mundo tem uma estrutura de transporte exemplar sendo assim o turista quer ver o VLT ou as trincheiras? Não caro leitor... o turista quer ver o que o Mato Grosso tem de melhor! E enquanto se tem 1,5 bilhões em uma única obra eu não vejo se quer alguns milhõezinhos para o turismo. Pelo contrario vejo o caso do Cineteatro, onde a OCIP responsável pediu a quebra do contrato por falta de pagamento, vejo também os músicos e artistas que não tem recurso há muito tempo, os museus abandonados, e as cidades turísticas como Chapada dos Guimarães, Nobres, Poconé e Jacira sem ao menos ter o mínimo investimento de turismo.
                Turista não quer ver asfalto, turista não quer ver obra, turista quer ver as belezas naturais, quer conhecer nossa historia e ter um bom atendimento. E isso meu caro, só se tem com muito investimento em treinamento e também alguns investimentos básicos nas estruturas culturais que temos em nossos municípios. E deixo a pergunta a todos vocês, quando o poder público vai parar de politicagem gastando mais dinheiro com propaganda das obras da copa do que com investimento em cultura e turismo. Quando vão perceber que turista não quer ver viaduto?