quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mochilão pela Bolívia e Peru, uma viagem pra se guardar na memoria para sempre!


Bom vou contar aqui um pouco da minha viagem de final do ano, onde estive fazendo um mochilão por algumas cidades na Bolívia e no Peru. Tudo começou no dia 24 de dezembro partindo eu da rodoviária de Cuiabá rumo a Cáceres que é a cidade mais próxima da fronteira, de lá pegue um ônibus até a divisa e posteriormente um taxi até San Mathias – Bolívia. Passei pela imigração e segui até Santa Cruz através de um ônibus muito locou por uma estrada de terra. Cheguei dia 25 e não tinha nem um lugar aberto para cambiar meu dinheiro, sendo assim, resolvi ficar ali até o dia seguinte por que tava com uma alergia que me incomodava muito e precisava ver se ela ia passar (não passou durou 7 dias).  
Nesta cidade me ocorreram algumas historias, Santa Cruz é uma cidade razoavelmente grande em um lugar plano com um calor que lembra Cuiabá, possui poucos atrativos turísticos e um deles é o seu centro histórico com casarões e igrejas da século XIX.  Fiquei em um hotel no centro mesmo que era perto da casa de câmbio esperando o dia seguinte. Andando pela rua fui abordado por dois “policiais”, me pediram os meus documentos, mostrei, me pediram para ir acompanhar eles até a delegacia para checar se não tinha nada de errado comigo dai entrei no carro, dai me pediram minha carteira para ver se tinha droga, peguei a carteira tirei o dinheiro dela e coloquei no meu bolso e entreguei só a carteira, os “policiais” pegam a carteira olham colocam em cima do banco e pedem para ver o dinheiro para checar se é falso, pego então a minha carteira coloco no meu bolso abro a porta do carro e pulo do carro!
Meu dia continua, volto pro hotel tomo um banho depois saio mais tarde para tomar uma cerva gelada e comer algo. Descubro que cerveja lá tem o mesmo preço que no Brasil! No outro dia troco o dinheiro e sigo al terminal del bus! Compro minha passagem para lá paz, na rodoviária fui abordado por um policial novamente quando faltava cerca de 30 mim para sair meu ônibus. Ele pediu meus documentos e depois notou que estava faltando meu cartão internacional de vacinação! Neste momento ele me disse que eu tinha suas alternativas poderia ir a imigração e ficaria ali até o dia seguinte para resolver o problema ou poderia pagar uma pequena taxa para resolver  problema ali mesmo.  Eu já estava de saco cheio, e ia perder meu ônibus se não resolvesse o problema e então resolvi pagar os “impostos” para o policial.
O leitor deve está se perguntando agora: é isso que vai ficou guardado na memoria pra sempre? Não meus amigos, apesar de está com uma alergia e de ter conhecido este lado da Bolívia que não me foi muito agradável minha viagem começou a melhorar pouco a pouco (mais a frente tem algumas fotos que falam por si só e mostram muitas das belezas que visitei). Segui até La Paz e posteriormente até Copacabana, neste caminho conheci alguns brasileiros de Curitiba e uma menina muito simpática do Peru a qual fiz uma boa amizade. Em Copacabana fui a ilha del sol, lugar lindo e magico em meio ao lago Titicaca com paisagens maravilhosas e um clima delicioso que deixava uma vontade gigantesca de beber um vinho e tomar um chá de coca. Devido a altitude minha cabeça estava doendo um pouco, mas nada que atrapalhasse.  Já estava começando a pegar o ritmo da viagem e vi que a melhor forma para um viajante sozinho era se enturmar e fazer sempre amizades. Trocar informações sobre os percursos também era muito útil.
Sai de copa Cabana ainda com minha agradável alergia e segue logo para Cusco no Peru. No ônibus conheci dois amigos sendo um colombiano e outro brasileiro ao chegar, seguimos a um hostal e alí na linda e histórica Cidade de Cusco passei ótimo dias conhecendo muito sobre os Incas, suas tradições, historias e sobre a fusão da cultura europeia com a sul-americana.
Cusco é linda, tem muitas igrejas e casarões coloniais, construções incas misturadas a construções coloniais e para todo e qualquer lugar tinha alí um pedaço de historia. A noite se encontrava todos os ritmos e muitos pubs durante os 7 dias da semana.
 A comida típica tanto na Bolivia como no Peru é em seu café da amanha chá e um pão com queijo ou algum outro empanado com legumes e frango, no almoço ou na janta o tradicional é uma sopa como primeiro prato e posteriormente se pode comer carnes de alpaca, frango, carneiro ao carne de boi acompanhado de um arroz com batata. As refeições mais baratas eram nos mercados tradicionais e as mais caras nas praças principais e hospedagens turísticas.
Após muito procurar consegui achar um pacote de dois dias para Machupicchu por 95 dólares. Passei por estradas tortuosas beirando a desfiladeiros, contornando montanhas, subi até perto dos 5 mil metros e depois voltei para cerca de 2 mil isso em apenas algumas horas, a paisagem que se passava pela minha janela variou entre as vegetações rasteiras que ocorrem nas montanhas altas cuja os cumes estão cheios de neve, ao andar do carro pouco a pouco vejo essa paisagem se transformar e começar a ganhar um ar de floresta. Ali naquelas montanhas nascem muitos dos rios que desaguam no nosso formoso rio Amazonas.
Para se chegar a Machupicchu precisei andar na linha no dia 30 de dezembro de 2012, uma caminhada de 2 horas até Aguas Calientes (cidade mais próxima de Machupicchu) onde aproveitei um delicioso banho termal. No dia seguinte acordo a 5 da manha para fazer uma deliciosa caminhada matinal onde andei 7 Km e sub 400 metros de altitude em cerca de 40 minutos, haja folego! Por fim lá estava eu, em frente as sagradas ruinas de Machupicchu uma da 7 maravilhas do mundo. De volta a Cusco pude terminar meu ano muito bem acompanhado de uma bela garrafa de Rum e de alguns novos amigos de Rondônia e Acre.
Ano novo, hora de continuar o tur! Ainda faltava conhecer alguns museus e também realizar o City Tur e visitar as Ruinas do Vale Sagrado. Vi então que em Cusco uma semana é pouco, tem muitos lugares ótimos e todos valem muito apena.
A viagem precisava continuar retornei a La Paz para sacar um pouco mais de grana no Banco do Brasil. La Paz é ótima também, não é muito bonita! Mas tem alguns atrativos. Acabei por ir visitar as ruinas de Tiwanaku que são os vestígios da primeira cidade da América do Sul. O lugar tem muito potencial, mas infelizmente o governo não investe e a escavação realizada até agora não reflete nem 10% do total, mesmo assim para mim valeu muito apena.
De La Paz fui ao Salar de Uyuni onde tive uma outra historia em minha viagem. O Salar em si é lindo tem lugares maravilhosos, visitei o cemitério de trem, realizei meu sonho de ir até um vulcão, vi muitas coisas belas, mas infelizmente picareta tem em todo lugar! A empresa que fechei o pacote encaminhou um carro com combustível só pra um dia e no segundo dia foi mandar o carro só as 3 da tarde. O grupo que eu estava (eu, um amigo que fiz na viagem e uma russa e 3 russos) então decidiu voltar ao do nosso tur e tentar conseguir o dinheiro de volta. Eu era o único que falava espanhol e acabamos nosso dia em uma delegacia em Uyuni onde tive que usar toda minha retorica e técnicas de debate para conseguir reaver o valor pago, por fim conseguimos e fomos tomar uma cerveja e comer um pizza para comemorar!
De Uyuni fui a Potosi onde conheci o museu da casa da moeda (apesar do nome o museu tem muita coisa, não é só moeda tem muitos artefatos históricos, artes plásticas barrocas, armas, rochas e minerais entre outras coisas) e visitei as minas de prata que existem na cidade.
Segui a sucre, cidade mais bela da Bolívia. Sucre tem um centro histórico digno de um filme e possui muitos Pubs bons. Nesta cidade visitei também o museu dos dinossauros onde se tem pegadas de muitos espécimes e também alguns fosseis. Após uns 20 dias me via retornando a santa Cruz e posteriormente ao Brasil para a mi casa!
É isso ai este é um resumo do meu roteiro com algumas historias... valeu muito a pena tudo, muitas pessoas legais conhecia na viagem, muitos lugares lindos, com paisagens maravilhosas, conheci coisas que jamais sonhei e aprendi muito sobre o mundo. Quem tiver uma oportunidade pegue sua mochila e coloque os pés na estrada.